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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Diretor do Fleming nunca recebeu um currículo de um professor do Cpers, por Lúcio Machado Borges*

Na sexta-feira, dia 27 de outubro de 2017, estava ouvindo o programa da Band, o “Rádio Livre”, apresentado pelo jornalista Diego Casagrande. Ouvi um depoimento muito interessante, mas que ao mesmo tempo não me surpreendeu, já que isso é uma coisa bastante normal. O curso pré-vestibular Fleming, que prepara os estudantes para o curso de Medicina. O Fleming foi vendido para investidores internacionais, mas o que mais me chamou a atenção é que o ex-diretor do Fleming falou que já recebeu vários currículos de professores. Alguns excelentes e outros bons, mas que jamais recebeu um currículo de um professor do ensino público estadual e o mesmo ocorre com o ensino público municipal.

Vejo muitos professores do município de Porto Alegre e vejo os professores ligados ao Cpers reclamarem do atraso e do parcelamento dos salários, mas não vejo nenhum deles dizer que vai se exonerar e tentar um novo caminho em sua carreira profissional na iniciativa privada. Os professores municipais, estaduais e federais, que “trabalham” em escolas, faculdades e universidades públicas, sabem que vivem no paraíso. Mesmo que os seus salários atrasem ou que sejam parcelados, eles sabem que possuem estabilidade e que jamais serão demitidos. Eles sabem que no serviço público não existe meritocracia e por isso, não correm o risco de serem demitidos, mesmo que o seu desempenho seja muito ruim. A verdade é que estas manifestações que ocorrem nas escolas, faculdades e universidades públicas, não passam de proselitismo político, já que eles apoiam partidos de esquerda sectários, que não são liberais, democráticos e muito menos progressistas. Eles representam na verdade a “vanguarda do atraso”.

Isso fez eu me lembrar de um professor da UFRJ, que fez um proselitismo no ano passado, reclamando do atraso do salários na universidade. Ele publicou o currículo dele na internet e foi nas sinaleiras da cidade para pedir um emprego. Ele recebeu várias propostas para trabalhar em laboratórios, já que este professor era de química, se eu não estou enganado. Lógico que ele não pediu demissão da universidade e disse na Globo News que não iria pedir demissão da universidade e que fez isso apenas para chamar a atenção da mídia. Ele jamais irá pedir demissão porque ele sabe que tem estabilidade no serviço público e que ali não tem meritocracia. Se ele migrasse para a iniciativa privada, teria que se reciclar periodicamente, teria que passar por um regime de meritocracia e não teria mais a estabilidade, que faz com que os servidores públicos permaneçam sempre na zona de conforto. É por causa deste tipo de coisa que o Brasil não avança. Lamentável!

Editor do site RS Notícias

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