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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Brasileiro relata que ponte que desabou já tremia na véspera do acidente

Segundo ele, tragédia não foi maior porque ter ocorrido em semana de feriados
Caminhoneiro costumava passar pelo local até quatro vezes por semana | Foto: Andrea Leoni / AFP / CP
Caminhoneiro costumava passar pelo local até quatro vezes por semana | Foto: Andrea Leoni / AFP / CP
"Sempre que um caminhão freava, você sentia aquela ponte tremer." É este o relato do brasileiro Carlos Eduardo Fernandes, de 39 anos, que trabalha como caminhoneiro na Itália e mora há dois anos na comuna de Borgonovo Val Tidone — a 130 km do local onde o desabamento de um viaduto deixou pelo menos 23 mortos nesta terça-feira.
Em entrevista ao R7, Fernandes — que é natural de Rio Claro, no interior de São Paulo — conta que costumava passar pelo local a trabalho até quatro vezes por semana. A última foi nesta segunda-feira por volta das 17h30 do horário local (12h30 no horário de Brasília). Chamado de Ponte Morandi, o viaduto que dava acesso a uma autoestrada se situava perto da cidade portuária de Gênova e sofreu um colapso estrutural, segundo a Defesa Civil. Choveu muito nesta manhã na região e havia pontos de alagamento no momento do acidente.
"Ponte era mal cuidada"
O brasileiro ressalta que as preocupações da população com a segurança no local são de longa data. “Mesmo olhando de baixo, você percebia que a ponte era mal cuidada. Partes do concreto já haviam sumido porque, aqui na Itália, na época das neves, as autoridades cobrem as vias com sal e outros produtos para evitar a formação de gelo. Só que essas substâncias acabam corroendo o asfalto”, explica.
Na opinião do paulista, mesmo o fluxo de caminhões sobre o viaduto sobrecarregava a estrutura. “A região ali tem três portos, mas eles foram construídos depois da ponte. Ela provavelmente não foi planejada para suportar todo o movimento que os portos levaram para a área”, completa.


R7 e Correio do Povo









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