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terça-feira, 17 de julho de 2018

Chuva alaga ruas e causa transtornos no trânsito de Porto Alegre nesta terça

Até o começo do tarde a precipitação havia atingido 50mm, cerca de 40% da média histórica do mês

Zona Norte foi uma das mais afetadas pela forte chuva | Foto: Alina Souza

Zona Norte foi uma das mais afetadas pela forte chuva | Foto: Alina Souza

A terça-feira foi marcada pela chuva forte, queda de granizo e trovoadas na maioria da regiões do Rio Grande do Sul, assim como já alertavam os meteorologistas. Porém, o que a comunidade não esperava era a quantidade de transtornos que a situação provocaria. Em Porto Alegre, alagamentos, sinaleiras desligadas, estações da Trensurb fechadas e trens sem circulação por conta de rompimento de um cabo de suspensão da rede aérea de energia por queda de raio, foram alguns dos problemas que os trabalhadores enfrentaram na região Metropolitana e Capital.

Com a falta do transporte, muitos optaram pelo uso do automóvel e, com isso, as ruas e avenidas ficaram mais movimentadas do que o habitual. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), em Porto Alegre, foram mais de 15 pontos de alagamento, o que gerou fluxo lento e muita impaciência por parte dos motoristas, em todas as regiões da cidade. Houve registro de água na pista na avenida Assis Brasil com a Emílio Lúcio Esteves (Centro/bairro), na A. J. Renner com a Lauro Müller e com a Farrapos, Pernambuco com a Dona Margarida, Luís Englert com a Sarmento Leite, na  Ipiranga, sentido bairro/Centro, no cruzamento com a Joaquim Porto Vilanova, nas duas faixas da esquerda.

Na zona Leste da Capital houve a mesma situação, como na Terceira Perimetral, entre a Anita Garibaldi e Campos Sáles, sentido sul/norte. Os semáforos, em alguns pontos, também ficaram fora de operação, como na rua Dom Pedro II na esquina com a Marquês do Pombal e na avenida João Goulart na rotatória com a Loureiro da Silva.

40% da chuva do mês

Segundo o titular da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), Ramiro Rosário, o volume de chuva na capital, de segunda-feira até às 13h desta terça foi de 50mm, sendo que a chuva esperada para o mês, conforme média histórica, é de 132 milímetros. "Tivemos diversos pontos de alagamento, mas não tivemos nenhum registro de cheia ou até acúmulo de água mais grave. Nossas equipes estiveram em alerta e mantivemos contato direto com as associações Vila Farrapos e Santa Maria Gorete, principalmente."

Drenagem

De acordo com Rosário, para realizar todas as intervenções necessárias na capital seriam necessários R$ 3 bilhões. "Porto Alegre tem déficit histórico de drenagem urbana e o valor para mudar esse cenário é elevado. Dificilmente o poder público terá isso, sem contar que é um conjunto de obras. Demoraria anos para que elas pudessem ser feitas e paralisariam a cidade", explica. Junto com isso, há os problemas de manutenção das bombas. "Elas eram o símbolo do abandono. Antes as 21 casas que temos tinha 40% de vazão, hoje o número dobrou, está em 80%. Isso significa proteção contra as cheias", expressa.

"Os colaboradores atuam no dia a dia em diversas frentes. Fazemos a desobstrução com caminhões de hidrojateamento. Normalmente as redes estão bloqueadas por lixo e terra. O descarte irregular provoca a formação de buchas que impedem a vazão da água." Diante do cenário apresentado é fundamental a consciência da comunidade.

Chuva pelo Estado

A MetSul Meteorologia informou que em algumas regiões, como Santa Maria, Santiago e no Centro-Serra, houve registro de granizo, mas nenhum estrago de grandes proporções informado até o momento. Para hoje a previsão é de que ainda poderá ocorrer chuva durante a madrugada, mas depois o dia será de calor.


Correio do Povo




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