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domingo, 17 de junho de 2018

Afinal, o que é Agricultura Digital, por Márcio Albuquerque*

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O termo “Agricultura Digital” começou a circular nos últimos tempos, mas como toda a novidade gera dúvidas e confusões. Mas afinal, o que é Agricultura Digital?

De forma geral, Agricultura Digital é o uso intensivo de diversas técnicas ligadas à informática aplicadas na gestão completa de propriedades agrícolas para auxílio às decisões que o produtor precisa tomar. O termo novo propõe um passo além na integração do uso de ferramentas que já estão no mercado com a adição de novas técnicas. É a “revolução digital”, que já mudou profundamente diversos setores, chegando ao campo. A disponibilidade cada vez maior de tecnologias digitais é a base para estas novas tecnologias.

No futuro, vislumbra-se a união de informações agronômicas detalhadas sobre cada talhão da fazenda, dados precisos sobre a operação das máquinas, informações de previsão climática, controle detalhado de uso de insumos e custos, dados de sensores instalados de forma permanente nas lavouras e conectados, informações de satélites de grande precisão ou de drones, monitoramento de pragas e outras informações que influenciem na produção agrícola. Para que toda esta grande quantidade de dados possa ser usada de forma eficiente é preciso o apoio de tecnologias digitais, com capacidade para extrair informações úteis da enxurrada de dados.

É preciso atenção, pois o foco não deve estar nas inúmeras tecnologias, mas no seu uso para auxiliar em decisões de manejo que aumentem a produtividade e a rentabilidade das lavouras.

Temos disponíveis hoje as primeiras ferramentas de agricultura digital que oferecem partes do que acredita-se ser possível ter nas lavouras daqui a alguns anos. Iniciando-se pela agricultura de precisão, passando pelo uso de novos satélites, drones, sensores conectados, telemetria de máquinas e sistemas web que permitem tirar proveito destes dados.

Nesta caminhada entre o que está disponível hoje e a visão de futuro de uma lavoura conectada com decisões totalmente apoiadas na tecnologia, o produtor precisa medir seus passos. Não deve ficar para trás, adotando as novas tecnologias que chegam para ajudá-lo. Mas deve avaliar o que cada uma disponível já consegue entregar de resultado frente ao seu custo. No entanto, é fundamental lembrar que não existem milagres e os resultados de uma boa gestão nem sempre se observam em apenas uma safra. Algumas tecnologias chegaram para ficar, outras precisarão ainda amadurecer, e quem separará uma da outra será o produtor, avaliando os resultados das próximas safras.

*Presidente da Comissão Brasileira da Agricultura de Precisão


Fonte: Correio do Povo Rural, página 4 de 22 de outubro de 2017.



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